“Mas o que ele tinha a me oferecer, eu não queria – e o que eu queria, ele não podia me oferecer. Por outro lado, isso não é tão raro assim, não é? Então por que continua a causar tanta dor? Tantos anos depois! Doutor, devo me livrar do quê, me diga: do ódio… ou do amor? Porque ainda nem comecei a enumerar as coisas de que me lembro com prazer – ou seja, com um sentimento arrebatador, corrosivo de perda! Todas essas lembranças que de algum modo parecem estar associadas à hora do dia, ao tempo que estava fazendo, que me surgem na consciência de repente, tão pungentes que, por um instante, não estou no metrô, nem no escritório, nem jantando com uma moça bonita, e sim de volta à minha infância, com eles.”